Um tema que nos entusiasma tanto quanto nos desafia, que acelera o nosso trabalho a uma velocidade quase desconfortável… e que deixou de ser tendência para se tornar inevitabilidade: a Inteligência Artificial.
Assim, neste mês de dezembro deixo-vos um bocadinho do que a inteligência artificial tem mexido neste mundo dos sites ainda antes de fechar o ano com o wrap-up do nosso evento de natal que está mesmo aí à porta.
Imagine que o seu website é uma biblioteca linda, moderna, organizada numa arquitetura deslumbrante, repleta de histórias e conhecimento… mas onde ninguém sabe ler o idioma em que os livros estão escritos. Hoje, muitos sites vivem exatamente esta realidade. Projetados para pessoas, otimizados para motores de busca… e completamente incompreensíveis para o novo tipo de utilizador que passou a dominar o acesso à informação digital: a Inteligência Artificial.
Neste novo contexto, surge uma realidade simples e transformadora: se o seu website não for entendido pela IA, não será encontrado pelos humanos que lhe fazem perguntas e “confiam nela”.
O conceito de “utilizador” foi redefinido. Já não falamos apenas de visitantes humanos ou dos motores de busca tradicionais (como o Google ou o Bing). Surge agora este novo target, a AI formada por modelos de linguagem e sistemas inteligentes que consomem, interpretam e redistribuem a informação do seu site para o mundo. São eles que respondem às perguntas das pessoas, que recomendam marcas e que influenciam a decisão antes mesmo de alguém chegar ao seu website.
O website passa a ser um ponto de verdade. Uma fonte estruturada de conhecimento. Não basta escrever textos bonitos, publicar novidades e ter um interface intuitivo. Mais do que nunca, o conteúdo exige clareza, tem de ser semanticamente organizado e interpretável por máquinas que não veem imagens, não clicam em menus e não exploram páginas a fundo.
A IA precisa de conseguir compreender o que o site diz, o que representa, a quem se dirige e porque deve ser considerado confiável.
E aqui está a mudança mais profunda: durante décadas, o website foi pensado como uma experiência visual e humana. Agora o website deve ser, também, uma base de conhecimento oficial - contextual, organizada, verificável. Não para substituir a experiência humana, mas para garantir que ela continua a acontecer.
Os LLMs (como o ChatGPT, Gemini, Bing Copilot, ...) apenas respondem com aquilo que conseguem interpretar. E se não interpretarem bem a sua marca, não a vão recomendar.
Num futuro muito próximo, a maior parte das decisões digitais será filtrada e simplificada por agentes inteligentes. A pergunta que precisa de fazer não é se o seu público continuará a procurar o seu website, mas sim se a IA continuará a escolher a sua marca como resposta.
Na Softway, acreditamos profundamente nesta transição. Vemos a próxima fase da internet como assistida, contextual e impulsionada por inteligência artificial. Acreditamos que os websites que tiverem dados consistentes, estrutura semântica, conteúdo claro e coerente entre idiomas serão destacados e referenciados. Certamente serão os websites que terão espaço nas respostas que moldam a decisão de compra.
A relevância digital já não depende apenas de ser visto por pessoas; depende de ser compreendido por máquinas que comunicam com e para pessoas. Isto implica: Structured Data (Schema.org, JSON-LD); conteúdo contextualizado e semanticamente ligado; OpenGraph otimizado e metadados completos; coerência multilingue (hreflang); indexabilidade total do conteúdo (SSR, sitemaps híbridos); publicação de dados oficiais que os modelos possam citar como fontes confiáveis; entre outras técnicas estratégicas de evolução que garantam que o website é corretamente lido, compreendido e otimizado para assistentes de IA e LLMs (Large Language Models), como ChatGPT, Gemini, Bing Copilot ou Claude.
Os websites preparados para esta nova era não se limitam a ser encontrados. Tornam-se referências, recomendados e reconhecidos como fontes confiáveis de conhecimento. São capazes de oferecer a resposta certa, no momento certo, ao utilizador certo - muitas vezes antes mesmo de ele saber que a procurava.
Estamos a viver uma mudança profunda na forma como a presença digital funciona.
E essa mudança abre novas oportunidades para quem se adapta primeiro.
Na Softway, estamos na linha da frente desta transição: a transformar websites em plataformas verdadeiramente AI-Ready, capazes de comunicar fluentemente com LLMs e com as pessoas que neles confiam.
2025 foi um ano de descoberta, aprendizagem e desenvolvimento acelerado. 2026 será de um ritmo de evolução alucinante ao nível de IA e também o ano de levarmos essa evolução ao mercado, ao serviço dos nossos clientes - com impacto real nos seus resultados e no seu futuro digital.
Maria Cabral de Sousa
CEO - Softway