Sedenta por aprendizagem e mentoria, as minhas expectativas eram claras: tentar absorver o máximo possível em matérias de metodologia, otimização de processos e gestão de projetos. Passado um ano, e para minha grande surpresa, percebo que a maior lição que tiro destes meses não é tanto sobre novas ferramentas ou metodologias de gestão, mas sim sobre pessoas e como a inteligência emocional pode ser um trunfo valiosíssimo nos momentos mais tensos de um projeto.
A principal lição que retiro da equipa que lidera a empresa pode resumir-se numa citação da Sherly Sanderg no livro Lean In: “Liderança não tem a ver com títulos, cargos ou organogramas. Tem a ver com uma vida a influenciar outra.”
Ao longo deste ano, tenho assistido, em primeira mão, à forma como esta perspetiva pode ser aplicada por forma a potenciar o sucesso de um projeto. Reconheço esta realidade na maneira subtil como vejo a equipa de gestão de projeto adotar uma abordagem empática e como esta acaba por ter um impacto real e positivo no sucesso dos nossos projetos.
A gestão de projetos não passa apenas pela luta diária para cumprir prazos e entregar resultados, mas também por tentar influenciar as pessoas envolvidas de forma positiva, desde a equipa interna até ao cliente. Assim, a inteligência emocional mostra-se uma capacidade essencial para navegar os desafios diários.
Na ótica da relação com o cliente, usar a inteligência emocional como ferramenta de trabalho passa por saber ouvir, interiorizar e interpretar melhor as necessidades de cada cliente específico, saber gerir expectativas de forma mais eficaz e evitar potenciais mal-entendidos, mantendo a comunicação ativa. Ter a capacidade de empatizar e perceber o lugar de onde vêm as frustrações e exigências de um cliente mais inquieto, pode ser a chave para conseguir dar resposta às suas frustrações.
Internamente, serve como uma ferramenta fundamental para gerir a equipa, as suas dinâmicas e as diferentes personalidades. A empatia ajuda a perceber melhor as frustrações e motivações de cada um, o que se mostra crucial na hora de gerir conflitos e promover um ambiente de trabalho positivo e produtivo, especialmente nos momentos em que a pressão aperta.
Tenho tido a sorte de assistir à forma como a equipa de gestão de projetos procura usar esta skill para tomar decisões equilibradas, tendo por base não apenas dados e processos per si.
A Softway tem-me mostrado diariamente que a inteligência emocional é a melhor fórmula para o sucesso. Os bons resultados não são fruto de aplicar metodologias e ferramentas de gestão de forma cega e obsessiva, mas sim de criar um ambiente onde tanto o cliente como a equipa se sintam valorizados. Adotar uma abordagem que valorize tanto os aspetos técnicos quanto emocionais não só garante a entrega de projetos de alta qualidade, mantendo o cliente satisfeito, como também fortalece a cultura de trabalho, dando espaço para que a criatividade prevaleça.